terça-feira, 23 de junho de 2009

VIOLÊNCIA INVISIVÉL

Aiii, berro de dor -São Paulo , uma cidade que acolhe a todos porém não suporta muita gente mais. Me identifico com a grande metropole de acolher a todos e saturar , não Suportarrrrrrrr...
Ontem queria gritar, ou pelo menos caminhar, queria gastar energias e resolvi algo normal de alguém que tem a liberdade de ir e vim, caminhar do Metro até minha nova residência. Uma caminhada de 15 minuto descida, algo tranquilo.
Naquele começinho de noite estava emotiva, é psicólogos ficam emotivos, choram, ficam com raiva, com medo......
Um rapaz me abordou, enquanto começava minha caminhada, lágrimas escorriam devido uma notícia que tinha recebido, a mãe de uma amiga havia falecido, pensei na minha e lembrei que naquela semana nãoo tinha visto, apenas falado no telefone por algumas vezes, para quem se via todos os dias nesse dia me soou estranho.
Voltando ao rapaz, ele me abordou por trás de mim em um região escura da minha caminhada, solicitou dinheiro, mas não anunciou que era assalto,assustei e comentei "Nossa moço que susto você me deu..." mas independente do meu susto de ser abordada abruscamente e me trazendo para realidade momentânea, ele precisava de dinheiro. Comentei que não tinha dinheiro, como se isso bastasse , ele continuou me abordando, me acompanhou na minha caminhada por uns 5 minutos foram longo esses 5 minutos, dizendo que não queria fazer mal a mim que só queria dinheiroo . Novamente informei limpando minhas lágrimas, que não tinha dinheiro. Solicitou a bolsa, nesse momento perguntei qual era seu nome e para minha surpresa ele respondeu Junior, falei,- Junior o meu é Maria, não vou te dar a bolsa pois ela não tem dinheiro e as coisas que tem vai dar mais trabalho para mim do que qualquer outra coisa, pois cartão iria bloquear, telefone também e você vai sair daqui e jogar em algum local.... ele respondeu -D. Maria preciso de dinheiro para comprar fralda para minha filha, agora tô te pedindo dá se quiser ..... " Nesse momento passou um moça , e eu falei senhora ele quer dinheiro e eu não tenho, a senhora tem? Ela com medo , abriu as mãos e disse não tenho também ... é lógico saiu andando ... ela para se proteger não viu que EU estava em apuros. Me senti só...... Posteriormente ofereci meu Cartão único de transporte, informei que tinha vinte reais , mas ele não quis. Ofereci meu saco de bolacha integral, perguntei se ele estava com fome, ele disse que não, que queria dinheiro, comentei que não tinha . Ele então disse que tinha acabado de sair da Prisão e não conseguia emprego ou ele pedia ou roubava, que estava difícil para ele.... fiz uma cara de entendimento .... ele me fez prometer que não daria parte na policia, falei que não, que ele fosse na paz ... perguntei de novo se queria os pacotes de bolacha , ele me respondeu." Não senhora você é muito gente boa...boa noite !!!" Voolto para trás, e EU, continuei andando com uma sensação horrivel , de RAIVA, COMPAIXÃO , E TRISTEZA DE SENTIR MEDO de um semelhante meu. Pensei nas diferenças e dificuldades, chorei de medo , de raiva sei lá sentimentos ambíguo nessa cidade louca que acolhe todos e não consegue suportar.... não suporto mais senti MEDO das pessoas.... Qual era o sofrimento maior naquele dia ? O meu que estava emotiva, dia de fúria, ou daquele rapaz tentando sobreviver financeiramente .... Acredito que não dê para medir o sofrimento , que essa situação não é acradavel , gera insegurança ... "Em Andar na cidade de São Paulo...... " dá ... Tenham um bom dia seja Juniors , Marias , João, José , Severinos .... Carolinas...

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